quarta-feira, 23 de março de 2011

Hades




















Debaixo da Terra há vida
Hades é o seu líder
Que me tirou a paz
Me capturou do Olimpo
Hoje faço parte da sua vida
Nada me dá tanto prazer
Do que estar do seu lado
Posso destruir quem eu quiser
Porque ele me quer e eu tenho esse direito
Estou em sua casa
Posso ser feio sem ter medo
Hades me capturou
E não posso reclamar
Tão cordial e agressivo
Me tirou do paraíso
E num passe de mágica mudei de fisionomia
Os deuses me procuram em seus lares
Apesar da revolução pela minha procura lá em cima
Nada se compara do que ter Hades
Meus movimentos nervosos
Meu olhar de fúria
Que encanta Hades
Meu rosto sujo e mal-cuidado
Nada me dá tanto prazer
Do que mimar Hades
O seqüestrador da minha alma inocente

terça-feira, 22 de março de 2011

O infinito
















Lembra daqueles tanques de guerra do passado?
Pois é, eles podem voltar no futuro
Quero tanto acabar com esse mistério
Mas a guerra está comendo solta
Entre mortos e feridos permaneço vivo
O último sobrevivente do apocalipse
Caminha sozinho pela vida
Sempre atencioso com os seus tanques de guerra
Bombardeios, tiros e gritos
Deixe tudo para trás
Afinal no futuro ocorrerá o infinito
Alguém pode explicar?
Não, essa é uma resposta possivelmente incompleta
Desconsolado, vamos andar paralelamente
Mas sem nos encontrar ou tocar
O caminho é um mistério a ser desvendado
Trago a casa toda bagunçada
Pelo jeito a maré voltou a subir hoje
Os garotos estão nem aí para mim
Apesar de ser o último sobrevivente
Atrás de mim há todos aqueles tanques de guerra
Que vão se repetir no futuro
É difícil achar a chave para abrir a porta
A casa é uma zona
Sobreviverá mais um inverno?
Morrerá na primavera?
Quem será o próximo sobrevivente?

segunda-feira, 21 de março de 2011

Sobre mim
















Esses seus cabelos encaracolados e bagunçados
Esse seu jeito introspectivo e distante
Esses seus lábios carnudos
Esse seu estilo anti-social
O que mais posso escrever sobre mim mesmo?
Posso ser doce ao mesmo tempo hostil
Posso ser amigável ao mesmo tempo irritante
Posso ser opaco ao mesmo tempo brilhante
Essa sua ausência na vida
Essa sua perda de sentidos
Essa sua pele fria
Essa sua alma tediada
O que mais posso escrever sobre mim mesmo?
Meus defeitos e qualidades
Minha altura e personalidade
Meu céu e o meu inferno
Meus prós e meus contras
Minha desconfiança
Meu silêncio
O que mais posso escrever sobre mim mesmo?

domingo, 20 de março de 2011

Luz de vela




















Início falso
Leitura a luz de vela
Olhar penetrante
Pequena farpa em um palheiro
Um grau alterado
Novidades que são velhas
Passos silenciosos dentro de casa
O clássico momento de ternura
Gritos que dão eco
Sussurros no pé do ouvido
Máquina enferrujada
Parafuso solto
Caráter modificado
Tortura psicológica
Medo do inexplicável
Pernas aflitas
Cabelos rebeldes
Faltam coisas
Faltam momentos
Para serem contempladas
Livro inacabado
Experiência de vida
Pessoa no cotidiano
O céu azul
O inferno negro
E todos nós aqui
Final abençoado

terça-feira, 8 de março de 2011

Sabores da minha desordem

Não há nada de mal em ter desordem
Seja na vida, no trabalho ou na própria comida.
Fuja um pouco da normalidade
E sinta os sabores da sua desordem
Sinta as suas loucuras, medos e inseguranças.
Sinta a liberdade de parecer extremamente ridículo
E sinta os sabores da sua desordem
Pulo, corro, grito sem ter medo de interpretações.
Falo sozinho, recito poemas para mim mesmo.
E sinto os sabores da minha desordem
Dessa vez eu prometo não fugir
Dessa vez eu prometo deixar tudo de lado
Deixar as sombras que me acompanharam até agora
Deixar a solidão que me faz companhia
Tudo em nome da minha desordem
Deixar de lado a cara de poucos amigos
Deixar de lado a eterna insegurança
Mas continuo acreditando em uma coisa
Quem promete são as pessoas que mais mentem
Mentem para o céu
Mentem para si mesmos
Não há nada de mal em querer sentir toda essa desordem
Quer sentir junto comigo?
 
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Post de estréia, e sem mais!